A IMPROVISAÇÃO MUSICAL COMO INTERVENÇÃO PARA MODULAR A MEMÓRIA EMOCIONAL. UM ESTUDO EXPLORATÓRIO COM PESSOAS IDOSAS COM DEMÊNCIA
Resumo
Contexto: O aumento da prevalência de demências na população mundial levanta discussões no âmbito da saúde pública, frente às quais se buscam estratégias capazes de abordar aspectos cognitivos e de bem-estar. Neste estudo exploratório, avaliou-se se uma intervenção focal de improvisação musical pode modular a consolidação de memórias episódicas em pessoas idosas com demência moderada e grave. Materiais e método: Onze participantes (M = 81,74; DP = 2,77; 73% mulheres) aprenderam uma sequência de imagens emocionais e neutras e, imediatamente após, foram pseudoaleatoriamente designados para um grupo de improvisação musical ou silêncio. A memória foi avaliada de forma imediata e diferida (sete dias depois) por meio de tarefas de recordação livre e reconhecimento. Resultados: Embora não tenham sido observadas diferenças na recordação livre, o grupo que realizou improvisação musical reconheceu mais imagens emocionais na avaliação diferida (p = .03; r = 0,54). Conclusões: A improvisação musical pode favorecer a consolidação da memória por meio de mecanismos emocionais e sociais ainda preservados na demência. Esses resultados apoiam a integração de intervenções musicais criativas em programas de estimulação cognitiva e oferecem evidências preliminares sobre o potencial neurocognitivo da improvisação como ferramenta terapêutica no envelhecimento e na demência.
Publicado
Como Citar
Edição
Secção
Licença
Direitos de Autor (c) 2025 Verónika Diaz Abrahan , Morena López, Nadia Justel

Este trabalho encontra-se publicado com a Licença Internacional Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0.
Os artigos publicados nesta revista estão protegidos pela licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International (CC BY-NC-SA 4.0). Isso significa que os autores mantêm todos os direitos sobre suas pesquisas e publicações em todos os momentos. Como revista, respeitamos e promovemos integralmente os princípios de acesso aberto estabelecidos por essa licença, permitindo que o trabalho seja compartilhado, adaptado e distribuído para fins não comerciais, desde que seja dado o devido crédito aos autores e que quaisquer trabalhos derivados sejam licenciados sob os mesmos termos.
Os autores são responsáveis por obter a permissão necessária quando desejarem reproduzir parte do material (figuras, etc.) de outras publicações.
Da mesma forma, o CNPs permite que os autores hospedem a Versão Final e Definitiva do artigo publicado, no formato designado pela revista, em seus sites pessoais ou em outros repositórios que considerem adequados. Em nenhuma hipótese permitimos o acesso a preprints do artigo em avaliação ou já publicado.
Ao submeter um artigo à CNPs, você está ciente de que todo o conteúdo da CNPs está licenciado sob uma Licença Creative Commons. Na qual é permitido copiar e compartilhar o conteúdo livremente, sempre fazendo referência à origem da publicação e ao seu autor.